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A arte que nasceu da tragédia de NY
20.outubro.2001

Tania Menai, de Nova York

As cenas que marcaram a tragédia que sacudiu Nova York no dia 11 de setembro são duras de olhar. Elas remetem à idéia de morte, instabilidade e agressão. Mas todo este sentimento virou arte. Fotógrafos, poetas, escultores, videomakers, músicos e atores estão fazendo a sua parte para aliviar o estresse que tomou conta da cidade e não deixar o dia fatídico morrer na memória coletiva.

No SoHo, bairro nova-iorquino onde se concentram várias lojas de alta costura, um espaço vazio na Prince Street se tornou uma das mais requisitadas galerias de arte da cidade. Ela abriga um projeto intitulado "Here is New York" que coleta fotos e video de artistas amadores e profissionais que captaram imagens do acidente. Seus trabalhos são vendidos por 25 dólares e o dinheiro é revertido para as vítimas do atentado. Já o fotógrafo Joel Meyerowitz, famoso por registrar imagens de paisagens, peregrinou pelo 'ground zero', região dos destroços das duas torres do World Trade Center e clicou fotos que serão reveladas em tamanho gigante. O trabalho foi feito de seu próprio bolso e será doado ao Museu de Nova York. Há algumas semanas, um grande grupo de poetas, que inclui crianças de 12 anos e nomes famosos como Lou Reed e Claire Danes, se reuniu numa universidade para promover o "Words to Comfort".Com as mesmas iniciais do World Trade Center, eles recitaram todos os tipos de poesia e textos que buscam harmonia e serenidade em tempos de guerra. Os ingressos, de 15 dólares, também foram doados para as vítimas.

Quem caminha pelas ruas de Nova York, ainda vê, em certos pontos, murais com fotos das vítimas do WTC. São cartazes feitos pelas próprias famílias que nos dias que seguiram o atentado buscavam mães, filhos, pais ou namorados. Estes murais foram preservados como um tributo àquelas almas. O mesmo foi feito com as paredes de alguns postos de corpo de bombeiros, que mostram fotos daqueles que morreram para salvar vidas. Um deles, na Oitava Avenida com a rua 48, ainda ganhou uma mega escultura feita em bronze de um bombeiro ajoelhado em posição de reverência. Ainda há camelôs que vendem fotos das Torres Gemêas, mas que jamais querem se aproveitar da situação para encher os bolsos. "Estou doando 10% de tudo que arrecado para as famílias que perderam parentes", diz um tibetano em frente ao Lincoln Center.



[ copyright © 2004 by Tania Menai ]

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